Ainda era de manhã. Cristo, na cruz em agonia, contempla a linda Jerusalém, certamente lembrando-se de tudo que viveu. A expulsão dos cambiadores, ele batizando, cura do paralítico no Tanque de Betesda, a cura de um cego de nascença, ele sendo ungido por Maria, as parábolas contadas, lavando os pés dos discípulos, ele no Getsêmani, preso e arrastado, o inquérito preliminar, a condenação pelo Sinédrio, perante Pilatos, diante de Herodes Antipas, de novo Pilatos, na cruz; a lembrança da entrada triunfal deve ter arrancado um sorriso de seus lábios... De repente Ele clama: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.” Ainda ora pelos inimigos, mostrando um amor incondicional pelos pecadores. Ainda se preocupa com eles. Não há nenhum ódio, nenhum ressentimento por parte de Cristo, ciente de seu trabalho que mudaria o mundo e revolucionaria toda a História da humanidade. Cada vez que Ele diz uma frase, faz um enorme esforço para falar. Ele precisa apoiar o ...