O TRIGO E A PALHA
É importante a profissão de fé que se toma dos novos convertidos para que se tornem membros da igreja, como a Assembléia de Deus, que de três em três meses. O aspirante é chamado à frente e diz por que quer batizar-se nas águas.
Geralmente começam dizendo que querem fazer parte do corpo de Cristo – o que já é errado, pois a partir do momento que a pessoa aceita a Cristo como salvador, já faz parte do corpo dele –., mas a maioria desses irmãos não sabem disso, ou não devidamente ensinados. Depois disso, o irmão que está presidindo a profissão de fé começa a falar dos costumes: não pode usar bermuda, jogar bola, ir ao cinema, nem mesmo assistir a um filme do tipo “PAIXÃO DE CRISTO”, que ensine algo bom. Esquecem eles que a separação é espiritual, não física. O tempo que ele tomou falando sobre esses costumes, que não vai nem vem, ou seja, são irrelevantes, foi muito maior do que o tempo que ele deveria ter tomado falando das doutrinas bíblicas e centrais do cristianismo: a doutrina de Deus; do Espírito Santo; da igreja; da ressurreição de Cristo; na inspiração da Bíblia; na concepção virginal de Cristo, e que ele sofreu em carne, ao contrário do que diz os gnósticos, que desde o tempo de João diziam que havia o Cristo e Jesus; na pecaminosidade do homem; na atualidade os dons espirituais, entre outras doutrinas cruciais que nós da Assembléia de Deus cremos. Mas não, o que se viu foi trocar os pés pelas mãos, colocando como importantes realmente esses costumes, e não as doutrinas acima citadas (leia: Dt 6.4; Mt 28.19; 2 Tm 3.14-17; Is. 7.14; Rm 3.23; 6.1-6; Mt 28.1-20). Isso é uma doutrina legalista, dá ênfase aos costumes mais do que a essas doutrinas. Inverteram tudo, foi o que f fizeram. Têm medo de ensinar a verdade, de que o povo não seja mais manipulado? Não sei a razão, o que sei é que prosseguimos acreditando nisso. Aqueles irmãos que vão dar profissão de fé continuam dizendo de modo errado a razão pela qual querem se batizar nas águas. Acredito até que poderiam cear sem precisar se batizar, pois vão se batizar para dizer publicamente que já nasceram de novo, e não para se sentirem nem se tornarem mais santos – Rm 6.1-10 –, eis a verdade que quase ninguém fala.
Senti um pouco de raiva quando vi o irmão dando mais ênfase às doutrinas da igreja que à doutrina bíblica. Absurdo. Parecia que as doutrinas acima faladas nada representavam para a igreja, que era algo sem importância, pois ele passou por elas sem se demorar, como se fossem irrelevantes. Quem quiser ver um pouco mais detalhado as doutrinas citadas, leia o credo das Assembléias de Deus, que todo mês é publicado no mensageiro da Paz, ou visite o site da CGADB – Convenção Geral das Assembléias de Deus do Brasil – e veja por si mesmo se dão toda essa importância a esses costumes. Não falam nem um pouco neles, nem de longe, pois não são relevantes para nós, nem salvam nem condenam, mas apenas mantêm pessoas presas debaixo de um legalismo feroz, como IAOHU denunciou em Is. 2 e Jr 7;14; e 11 e Mt 23.
Eu sonho com um dia em que a profissão de fé será da forma como deveria ser, e não dessa forma atual, que põe em evidência os costumes da igreja e relegam em segundo plano as doutrinas bíblicas, que realmente são importantes. O resto é palha. Até lá combaterei isso como eu puder.
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