ANTIGAMENTE NO TEMPLO CENTRAL IV: OS CULTOS DE SANTA CEIA
Fico lembrando, em minha cama, do cultos do Templo Central, em Recife, PE, onde eu ia MUITO. Lembro bem daqueles cultos! Principalmente das Santas Ceias. O pastor Leôncio pregando a palavra… Quanta unção! Quem ficava lá fora era que perdia.
Aquele
espaço ali, desde lá fora,antes do portão, até lá no fundo, onde
é o banheiro, ficava cheio de jovens conversando e fazendo
brincadeiras. Muitos jovens, moças e rapazes. Enquanto muitos
ficavam lá fora, boa parte, outros iam para cultuar de verdade. Eram
tantos, que os diáconos perdiam o controle do que ocorria com
aqueles jovens. Muitos não respeitavam o lugar santo que é aquele
lugar.
Na
época havia a mania das “galeras”, influência americana, de
“gangues” de jovens que viviam brigando o tempo todo, coisa comum
nos anos 90. Um absurdo que acabou entrando na igreja, infelizmente.
Mas olhem que esses jovens eram criados na igreja, mas não eram
convertidos ainda. Foram apenas criados na igreja, e só. O encontro
com Cristo era algo inexistente para eles. Até brigar eles brigavam!
Os irmãos não tinham controle, não porque não queriam, mas, de alguma
forma, aquilo fugia disso. Era muita gente! O Templo Central não era essa calma de
hoje, embora tenha muita gente, não fazem o barulho que aqueles
jovens faziam nessa época. OS IRMÃOS QUE ORGANIZAVAM FAZIAM O QUE PODIAM.
Era
vergonhoso ligarem para alguns irmãos e dizerem que encontraram Bíblias
em lugares que jamais deveriam estar, e faziam coisas estranhas, pois eram jovens sem Deus na vida, e os que
tinham Deus na vida, se desviavam, alguns, e iam atrás de jovens
devassos e cheios de obras carnais e setas malignas. O pastor dava a
doutrina, e os diáconos também, e todo o ministério era rígido
nos costumes e doutrina, como hoje.A a rigidez era muita. Não era por falta da
manifestação do poder de Deus, pois as profecias eram frequentes,
as curas, o movimento espiritual era intenso, mas não impediam que
pessoas descomprometidas com a igreja fizessem coisas estranhas ao
modo de vida evangélico. Quem queria servir a Deus, tinha condições
de fazer isso, ele cuidava, como cuida hoje. O borborinho e a
agitação eram tão grandes, que se escutava lá dentro. Muitas
moças deixaram de casar, pois não vigiavam, e muitas delas caíram
no mundo, vomitadas pelo Senhor, como Laodiceia.
A
Santa Ceia não era como hoje, a bandeja cheia de copinhos, mas um
copo só, que ia passando de boca em boca, os quias eram limpados com
guardanapos. Até ímpios tomavam, ou por ignorância, ou por
maldade, pois entrava muita gente e não dava para os irmãos controlarem. Os irmãos não tinham culpa alguma, pois como saber quem
era evangélico ou não? Aquele templo sempre ficou lotado nas Ceias.
Era lindo ver aquilo. Graças a Deus por ter participado desse tempo,
mesmo adolescente, criança, mas usufruía disso tudo.
Dentre
os cantores que louvavam no Templo Central e outros templos nossos,
tinha Eduardo Silva,que louvava com sua esposa Ziran Araújo, seu marido Eduardo Silva,Leni Silva, Esdras,
que não perdia uma Santa Ceia, Esteves Jacinto, e até o cantor
Júnior, de Curitiba. Eliezer Rosa, que é pastor agora, cantou muito
nas ceias com Leni Silva e outros cantores. Belos tempos! Estou
escrevendo essas coisas, por que quero que as novas gerações de
evangélicos de nossa igreja saiba nossa história, desse tempo… É
muito importante saber nossa história, que é muito linda e rica.
Entendam
que não se trata de apenas saudades, de dizer que só era bom aquele
tempo. Trata-se, muito mais, de NOSSA HISTÓRIA! É preciso entender
isso. Não afirmo aqui que não há poder hoje, que não é bom hoje,
mas que são as crônicas de um tempo muito bom de nossa igreja, e só
ignora quem não viveu ele. A Bíblia tem tantas histórias antigas,
e nem por isso dizemos que é errado lembrar daquele tempo, pois é a
história do povo de Deus. Não tem comparação.
Então,
lembremos de nossa história, quem viveu ela. E, quem não viveu,
fique sabendo dela.
Até
a próxima!
por Mouras Nardus
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