ISAÍAS 45: OS TESOUROS DA ESCURIDADE

150 anos. Esse foi o tempo que passou para essa profecia ter seu cumprimento, na pessoa de Ciro, o ungido de Deus e tipo de Cristo. Uma das primeiras coisas que ele fez foi soltar as ataduras do povo de Deus, cumprindo os setenta anos de cativeiro. O livro de Edras fala disso no capítulo primeiro, e também o segundo livros de Crônicas, nos versículos finais do último capítulo. Cada palavra foi cumprida.Ciro não cobrou nada, Deus já havia dado a ele os tesouros das nações que subjulgou.
Esses primeiros versículos são usados pelos irmãos o tempo todo nas igrejas, nos aniversários, como presente, mas foi de um ímpio que Deus falou aqui, o líder de um dos maiores impérios que o mundo já conheceu, um povo ao mesmo tempo pagão e respeitador de Deus, que até hoje influencia a humanidade: os persas.
Ciro era ungido de Deus no sentido de que iria pôr em prática o propósito dele, libertando os judeus, que já haviam passado por tantas coisas desde o início do cativeiro, como o evento narrado em Ester. A mesma palavra usada em relação a Jesus foi usada para Ciro, mashia; e esse rei era um tipo de Cristo, pois muita coisa dita sobre ele também se cumpriu em Jesus. É muito lindo o que se fala sobre ele, Deus falando que estaria com Ciro; a poesia com que Isaías fala da ação de Deus indo com o persa e esmagando as nações diante dele, o Deus que tira impérios e põe impérios, Deus é o verdadeiro Senhor da História. Marx disse que a essência da história é a luta de classes, mas a Bíblia mostra que a história é o desenrolar da vontade de Deus. Ele tem dado provas disso.
Pesquisas mostram que Ciro teve mais de um bilhão de dólares só de lingotes de ouro, de uma só nação. Deus deu a ele tudo isso, e muito mais. Ele move os céus e a terra, mais seus propósitos são realizados. Para mostrar seu poder e dizer que foi ele quem fez isso, ele deu nome a Ciro 150 anos antes do mesmo nascer! Só Deus faz coisas assim, pois é o único que sabe o futuro.Não é fatalidade, não é pragmatismo, é a vontade de Deus.
Sempre me intrigou o verso sete desse capítulo, que muita gente distorce todo, dizendo que Deus cria o pecado;não é o que diz aqui. Deus não cria o mal moral, mas o mal físico, que aqui é a ausência de paz, as calamidades, essas coisas referentes a isso. Ele cria isso de acordo com seus propósitos e faz o que quer para eles serem realizados.
Ninguém pode dizer a Deus o que fazer, ele é absoluto. O caco entre os cacos falando mal de Deus, criticando-o? Não têm esse direito, e pecam todos que fazem isso. Ele está acima dos sofismas, filosofias, todo pensamento do homem.
Deus pede que Israel deixe na mão dele os filhos de seu povo, pois ele os guardará, e estava mostrando isso com o que estava falando através de Isaías. 
Deus seguem mostrando que não faz nada em vão, que tudo que fez com um propósito eterno, pois não foi por acaso que ele quis que Ciro fosse o rei de um grande império. IAVÉ não fez a terra para ser vazia, tohû  no hebraico (Gn 1.2; Is 45.19), que também tem o sentido de algo em vão.
Gosto bastante desse capítulo pela beleza e as promessas de Deus.
IAVÉ exorta para que todas as nações deixem seus deuses falsos e todas filosofias e ideologias sem rumo e sigam a ele, pois querendo ou não, acreditando nele ou não, dobrarão os joelhos diante dele, e confessarão que Jesus Cristo é Deus, para a glória de Deus Pai.

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