ISAÍAS 47: BABILÔNIA ATRAVESSA OS RIOS E FOGE

Babilônia aqui é representada como uma escrava na mó, sozinha, e toda a sua glória terminada,Deus deu um basta. Já está em trevas, todos os seus aliados irão abandonar ela, e ela ficará sozinha.
De fato, Babilônia nunca mais recuperou a glória que tinha em 539 a.C., nem mesmo quando Alexandre Magno dominou o mundo. Ela foi tomada em 5 de outubro de 539 a. C. Até hoje aquela opulência perdeu-se para sempre. O mundo ficou deslumbrado quando um arqueólogo descobriu essa cidade, que os céticos diziam não ter existido, e quando viram que era conforme a Bíblia falava, ficaram pasmados com tanta glória e luxo.Foi Robert Koldelway em 1899 e 1914. As crônicas de Nabonido dão muitos detalhes sobre isso. Também o prisma do rei Senaqueribe fala dessa vitória, e dessa data citada, e de sua política de deixar os povos escravizados irem para seu lugar de origem, e a restauração de seus templos. Era essa Babilônia que antes dominava o mundo, não era uma aldeia, como diziam.
As trevas que fala o verso 5 é justamente o esquecimento a que seria entregue. Restaria só lembranças, e todo o humanismo e feitiçaria nela vigentes iriam cair por terra.Eram orgulhosos, os caldeus.
No capítulo 14 do mesmo livro há uma profecia contra essa nação, e em Jeremias 13 também há um relato desse acontecimento, como também em Jeremias 50.12,31,37,39,44 e 58. 
Quem já não ouviu falar dos jardins suspensos dessa cidade, uma das Sete Maravilhas do mundo antigo?Ele foi construído por Nabucodonosor para homenagear sua esposa, Amitis, filha de Ciáxares,da Média.Tiveram três filhos: Amel-Merduque,(Evil-Merodak),Marduk-Sum, e Nabu-Suma-Lisir. Nabucodonosor fez com que Babilônia fosse a "rainha dos reinos", de novo aqui o costume bíblico de falar de uma cidade como se fosse uma mulher, e ela vai fugindo, levantando o vestido para atravessar o rio da Babilônia, o Eufrates(Is. 47.2 .)Heródoto, "pai da História", escreveu sobre essa cidade, e mostrou, em seus escritos, a opulência dessa nação.
Judá foi castigado pelo fato de Deus querer dar uma lição nele, e não por Babilônia ser a poderosa, como se os deuses deles fossem poderosos e tivessem poder de fazer bem ou mal, pois Deus é que é o Senhor da história. Eles fizeram com que o cativeiro fosse pesado demais para Judá, e a opressão era grande. Por isso Deus os castigaria, essa cidade seria um provérbio, e todas as nações que dela bebessem ficariam como órfãos.
Em apocalipse 17 há uma profecia sobre os dois reinos da Babilônia, o político e o econômico, que cairá  e serão envergonhados por isso. "Saí dela povo meu, diz Deus, "por que já é chegada sua destruição". E ela veio com todo ímpeto, pois no mesmo dia que o rei Belsazar viu a mão que escreveu na parede estucada, essa cidade foi invadida pelos persas, e o rei foi morto. Jeremias deu a entender que o rei não estava lá, mas seu filho,que foi morto.Seu império foi tomado e ele nem sequer estava lá para testemunhar (Jr 51. 31). Imaginem a surpresa. Seus muros foram derrubados, seus valentes correram, e de todos ficaram com os joelhos desconjuntados. O interessante é que o povo que ajudou Babilônia a destruir o mundo, foi o mesmo que depois venceu ela: os Medos. A ironia.
Todo sistema tem um fim um dia, e só Deus é eterno.

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